segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ted Bundy



Theodore Robert "Ted" Bundy, nascido Theodore Robert Cowell em 24 de novembro de 1946, foi assassino serial americano ativo entre 1974 e 1978. Era filho de uma moça muito jovem, que havia saído com um segurança algumas vezes e ficou grávida. Seus pais decidiram que quando a criança nascesse a assumiriam como se eles fossem os pais. Foi nesta casa que nasceu Theodore. "Ted" (ou "Teddy") acreditava que seus avós maternos eram seus pais e que sua mãe biológica era sua irmã. O pai verdadeiro ele nunca conheceu. Ted disse, anos depois, que amava o avô, mas outros membros da família declararam que o avô de Ted era um homem violento - chutava cachorros, agredia mulheres, entre outras coisas. Conta-se que quando Ted tinha 3 anos, uma tia sua, ao acordar, percebeu que ele estava a seu lado manipulando facas - e ela ficou com medo da criança.Quando tinha 4 anos, a mãe verdadeira mudou de cidade, levando ele, e um ano depois ela se casou. Theodore então recebeu o sobrenome Bundy. O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a cuidar. O marido da mãe até tentou estabelecer uma relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas. Na adolescência, Ted Bundy passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política.Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes empregos. Em 1967, aos 21 anos, Ted Bundy conheceu uma garota bonita e de boa família, Leslie Holland. Aparentemente, foi com ela que ele teve sua primeira relação sexual, e Ted gostava mais dela do que ela dele. Ela o achava sem objetivos e ele, com mentiras, ele tentava impressioná-la. Suspeita-se que, nesta época, ele também cometia furtos (até de carros). No ano seguinte, ela terminou com ele, após se formar. Ted ficou um tempo deprimido e obcecado com ela. Em 1969, Ted finalmente ficou sabendo que sua "irmã" era na verdade sua mãe. Não mudou o comportamento com ela, mas ficou ainda mais distante do pai adotivo. Ted estudou Psicologia na universidade, e seus professores gostavam dele, que tinha um bom desempenho. Bundy conheceu então uma secretária tímida, separada e com uma filha, com quem ele se envolveu por cinco anos, Elizabeth Kloepfer ou Elizabeth Kendall (pseudônimo adotado por ela ao escrever um livro sobre sua história, " The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy "). Ela queria se casar com ele, ele dizia ainda não estar "na hora", e ela suspeitava que ele pudesse estar mantendo outros relacionamentos. Ted levava uma vida aparente normal. Recebeu uma medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. Começou a se envolver com a política. E prestava assistência, como voluntário, em um serviço telefônico de ajuda emocional a pessoas em crise. Ann Rule, que escrevia artigos policiais para revistas, por um ano foi sua colega neste serviço, na Crisis Clinic. Ela falou que nas noites de domingos e terças-feiras, ficavam apenas os dois em uma casa. Por uma enorme coincidência, pouco depois ela foi contratada por uma editora para escrever um livro sobre o serial killer que assombrava a região, mas que ainda não havia sido identificado. Ted era membro ativo do Partido Republicano e, em 1973, em uma viagem do partido, reencontrou a primeira namorada, Leslie, com quem ele ainda falava ocasionalmente. Como ele estava mudado, ela se interessou nele, e mantiveram encontros, sem ela saber de Elizabeth. Mas logo ele mudou, ficou frio, perdeu o interesse nela. Em fevereiro de 1974, ele desapareceu da vida dela.

Exteriormente Ted parecia mudar para melhor: mais confiante, mais firme em suas convicções candidatou-se ao curso de Direito de varias universidade, envolvendo-se cada vez mais na política.
Em 1973 Ted voltou à Washington para uma convenção do Partido Republicano. Na ocasião, reencontrou sua antiga namorada que, espantada com a transformação exterior dele, aceitando seu novo cortejo e encontrando-se com ele vezes seguidas.
Todavia, Ted não deixou Elizabeth, os encontros que mantinha com Ann eram ‘na surdina’. Ela o queria e começou a falar em casamento, mas o comportamento de Ted era frio e distante, longe de quem quer unir-se em núpcias com alguém. Até que, em dado momento, Ted rompeu abruptamente o relacionamento com Ann, deixando-a desesperada. Tudo não passava de um plano de vingança: assim como ela o rejeitou outrora, ele a rejeitou naquele momento.

AS Vitimas

A primeira vítima de Ted Bundy foi Linda Ann Healy, uma bela jovem, que trabalhava em uma rádio como comentarista do tempo. Tinha 21 anos e estudava Psicologia. Ted tinha 27 anos. Na noite de 30 de janeiro de 1974, ela saiu para um pequeno bar próximo a sua casa, com amigas com as quais morava, para tomar uma cerveja após o jantar. Logo se despediu das amigas, disse que iria para casa ver televisão e ligar para o namorado. Pela manhã, a sua cama estava vazia. No fim do dia, seus pais estranharam, pois ela não apareceu na casa deles como de costume, e chamaram a polícia. No seu quarto, a cama estava arrumada de um jeito diferente do habitual e alguns objetos faltavam. Também encontraram vestígios de sangue. A polícia não suspeitou da gravidade do caso e não recolheu muitas provas. Seu crânio só seria achado no ano seguinte, com marcas de espancamento severo. O resto de seu corpo nunca foi encontrado.Nos meses seguintes, outros desaparecimentos aconteceram, e todas as garotas eram parecidas em alguns aspectos: brancas, jovens, com cabelos escuros, longos e, geralmente, repartidos ao meio. Algumas pessoas que as viram antes de sumir relataram tê-las visto conversando com um homem usando gesso no braço e pedindo ajuda para carregar alguns livros. Em agosto de 74, a polícia encontrou, em um parque, os crânios de duas garotas, Janice Ann Ott de 23 anos e Denise Marie Naslund de 19 anos, ambas desaparecidas no dia 14 de julho, em horários diferentes. Uma testemunha deste caso ouviu o assassino dizer às garotas, quando as abordou, que se chamava Ted. Outras duas mulheres, juntas, haviam sido abordadas por Ted no mesmo dia e local, mas não o ajudaram a carregar os livros para seu carro. Por causa de denúncias decorrentes do divulgado retrato falado do suspeito, Ted Bundy passou a ser investigado. Uma amiga de Elizabeth Kendall, a namorada de Ted, também viu o retrato falado e o achou parecido com Ted. Havia mais motivos para Elizabeth acreditar, como o Fusca (Ted tinha um) e a atadura (ela viu uma nos pertences dele, mas nunca o havia visto usá-la) usados pelo criminoso. Elizabeth entrou em contato com a polícia, que solicitou retratos de Ted – mas testemunhas dos seqüestros não o reconheceram nas fotos. A polícia deixou Ted de lado. Ted foi para outro Estado (ele acabaria matando em vários Estados diferentes). Em outubro, a filha do chefe de polícia de Midvale, Utah, Melissa Smith, de 17 anos, foi estrangulada, estuprada e sodomizada. Já Laura Aime, de 17 anos desaparecida durante uma festa de halloween, sofreu pancadas no rosto e a mesma violência sexual em Lehi, Utah. Em novembro, Ted conseguiu colocar Carol DaRonch em seu carro. Quando tentou algemá-la, ela escapou do carro. Ele saiu com uma barra de ferro atrás dela, mas ela chutou seus testículos e saiu correndo. No mesmo dia, ele capturou Debra "Debi" Kent no estacionamento de uma escola em Bountiful, Utah. Uma outra vítima sobrevivente, Joni Lenz, atacada em 1974, foi encontrada em seu quarto, tendo apanhado muito e com um apoio da cama enfiado em sua vagina. Ficou com seqüelas físicas e emocionais o resto da sua vida. Em 1974 ainda desapareceram Donna Gail Manson de19 anos que foi seqüestrada durante um concerto de jazz em Olympia, Washington, o corpo nunca foi encontrado, mas Ted confessou o crime. Susan Elaine Rancourt de18 anos sumiu em Seatlle voltando da faculdade à noite. Brenda Carol Ball, de 22 anos desapareceu do Flame Tavern in Seattle, Washington. Roberta Kathleen "Kathy" Parks de 22 anos desapareceu da Oregon State University, em Corvallis enquanto caminhava para outro dormitório para tomar café com os amigos. Georgeann Hawkins de18 anos desapareceu da casa da irmandade Kappa Alpha Theta, da University of Washington. Nancy Wilcox de 16 anos desaparecey em Holladay, Utah e seu corpo nunca foi encontrado. Bundy é um suspeito no assassinato de Carol Valenzuela, que desapareceu de Vancouver, Washington, 2 de agosto de 1974. Seus restos mortais foram descobertos dois meses depois, ao sul de Seattle, Washington, juntamente com os de uma mulher não identificada. Ted Confessou ter dado carona a uma adolescente desconhecida em Idaho, e depois ter a matado. Em janeiro de 75, a vítima foi Caryn Campbell de 23 anos, em Snowmass, Colorado, encontrada quase um mês depois, perto de uma estrada, o corpo comido por animais. Poucos meses depois, desapareceu Julie Cunningham de 26 anos em Vail, Colorado. Denise Oliverson de 25 anos foi raptada enquanto ia de bicicleta visitar seus pais em Grand Junction, no Colorado. Bundy forneceu detalhes de seu assassinato, mas seu corpo nunca foi encontrado. Ainda em 1975 Lynette Culver de 13 anos foi capturada no pátio da escola Alameda Junior High School em Pocatello, Idaho, seu corpo nunca foi encontrado. Susan Curtis de 15 anos desapareceu enquanto caminhava sozinha para os dormitórios durante uma conferência de jovens na Universidade Brigham Young em Provo, Utah. Seu corpo nunca foi encontrado. Ainda em 1975 Bundy é suspeito do assassinato de Melanie Suzanne "Suzy" Cooley, que desapareceu em 15 de abril, após deixar a Nederland High School em Nederland, Colorado. Seu cadáver espancado e estrangulado foi descoberto por trabalhadores de manutenção de estradas em 2 de maio de 1975, nas proximidades Coal Creek Canyon. Bundy abasteceu o carro nas proximidades no dia do rapto de Cooley. O Xerife do condado de Jefferson, Colorado, classificou o assassinato de Melanie Cooley como um arquivo morto. Entre 1974 e 1978, Ted fez cerca de 36 vítimas. Bundy nunca confirmou o número exato. Em uma ocasião, quando mencionaram este número, ele deu um sorriso e disse aos detetives: “Acrescentem um dígito e terão o total.” A escritora Ann Rule pergunta: "Ele queria dizer 37? Ou 136? Ou 360?". Ou quis apenas "brincar"? Em agosto de 1975, um policial achou suspeito um motorista que rondava um bairro. Quando tentou abordá-lo, ele fugiu, mas acabou batendo. O policial notou que faltava o banco de passageiros do carro. E foram encontrados uma barra, uma máscara de esqui, algemas, uma corda e um picador de gelo. Ted foi preso.Carol, aquela que fugiu do carro, o reconheceu. Assim como conhecidos de Debby, que o viram a abordando. Ele alegava inocência.A namorada Elizabeth, depondo, disse que no último ano Ted tinha pouco interesse sexual e, quando tinha, queria praticar alguma violência leve. E forneceu informações valiosas, como o paradeiro dele no dia dos sumiços. Outras pistas foram surgindo.

Capturado e julgado



Nesse mês de fevereiro ainda, um policial suspeitou de um Fusca desconhecido na região que patrulhava. Ted tentou fugir, mas parou e, quando ia ser algemado, iniciou luta com o guarda. O guarda venceu.Ted seria levado a julgamento pelos crimes no Chi Omega e pelo assassinato de Kimberly. Agora ele já era um serial killer notório. Novamente, assumiu sua defesa e negava os fatos.O julgamento do Chi atraiu bastante a imprensa. A testemunha ocular do Chi complicou Ted. Mas a prova mais contundente foi a análise da mordida – a marca dos dentes na nádega batia exatamente com a dentição de Ted. Sem expressar emoção, Ted Bundy escutou o veredito: culpado.Mas a pena seria decidida em outro julgamento, ainda. A mãe de Ted chorou e pediu por sua vida. Ted culpou a mídia por sua condenação e disse que seria um absurdo pedir perdão por algo que ele não fez. Nada adiantou. Ted foi duplamente condenado à morte, na cadeira elétrica.Foram estes julgamentos que ajudaram a tornar Ted tanto um “monstro”, para a maioria das pessoas, quanto um ídolo para algumas – ele era bonito, bem articulado.Mas ainda havia o julgamento do caso Kimberly. Desta vez, ele aceitou advogados, que resolveram tentar a alegação de insanidade mental. Ted estava aparentemente nervoso e discutiu com uma testemunha. A prova mais contundente foi o encontro de fibras da roupa da garota no veículo que Ted estaria usando na época. O julgamento durou um mês! Culpado, mais uma vez.No dia da deliberação do veredito, exatamente dois anos após a morte de Kimberly, ele e Carole Ann Boone, testemunha de defesa, trocaram votos de casamento e, segundo as leis do locais, se isto fosse feito em ambiente legal o casamento seria considerado válido. Isto pegou a todos de surpresa. Mas não mudou em nada a pena. Ted foi condenado à morte, mais uma vez.Já com outros advogados, tentou apelação, que foi negada. A morte estava marcada para março de 1986. Enquanto outra apelação corria, a data da execução foi remarcada, para janeiro de 89. Nesse ínterim, Ted ainda ajudou a polícia a pensar no caso do “Green River killer” – segundo Robert Keppel, o detetive que conversava com Ted, Bundy aparentava ciúmes ou inveja deste outro assassino.Ted resolveu contar alguns detalhes de seus crimes. Disse que guardou a cabeça de algumas vítimas como troféu. Também falou de necrofilia. Este policial estima que Ted pode ter feito mais de cem vítimas, algumas antes da primeira conhecida.Ted tentou, no fim, negociar um prazo de mais alguns anos de vida em troca de mais algumas confissões, sem sucesso.Após o anúncio de sua morte, o público de fora da prisão ovacionou e foguetes estouraram no céu.
Ultimos Momentos
Na última refeição, Ted comeu ovos fritos,bife,torradas e café.
Depois de muitas apelações, Theodore Robert "Ted" Bundy,foi eletrocutado às 7:00 da manhã de 24 de Janeiro de 1989,com 42 anos de idade.Suas últimas palavras foram dirigidas à mãe,ele pediu desculpas por ter inflingido a ela esta dor. Do lado de fora, uma multidão gritava e ostentava cartazes com os dizeres "Frite,Bundy,Frite" ou "Vire churrasco Ted". Apos a informação que Bundy estava morto, a população aplaudiu, fogos de artifíco foram soltados. A mídia acompanhava o caso de perto. Quando um carro fúnebre, de cor branca, deixou a prisão, a multidão aplaudiu. Ele foi cremado.

Conselhos para a sociedade, por Ted Bundy



Ted foi bastante pesquisado, entrevistado, e foi objeto de vários livros.
Falando a Stephen Michaud sobre o homicídio sexual, disse, em terceira pessoa: “O encontro sexual inicial pode ser um mais-ou-menos voluntário que não gratifica inteiramente o espectro de desejos que ele queria. E então, seu desejo sexual cresce… este outro precisa possuí-la totalmente. Enquanto ela repousa lá, algo entre o sono e o coma, ele a estrungula até a morte.”.
Segundo Ted, esta posse sobre a vítima era fundamental, “como alguém possui uma planta em um vaso, uma pintura ou um Porsche”.
Pouco antes de sua execução, ele admitiu a detetives que tinha alguns comportamentos necrofílicos: visitava os corpos abandonados de algumas vítimas, e uma foi encontrada com xampu no cabelo, aplicado após sua morte. Outra, com maquiagem. “Se você tiver tempo, elas podem ser quem você quiser que elas sejam.”
Bundy também fotografou algumas vítimas e guardou pedaços de seus crânios em seu apartamento. Ted disse que chegou a ter 4 ou 5 cabeças guardadas em casa. “Quando você trabalha duro para fazer algo corretamente, você não quer esquecer isto.”
Ted disse a Robert Keppell que, no começo, ficava apavorado logo após os crimes. “Acordar de manhã e tomar consciência do que eu fiz, com a mente clara, com toda a essência da minha moral e com os sentimentos éticos intactos, absolutamente me horrorizava.” Mas pouco depois ele já se sentia bem. Disse que o álcool o ajudava a cometer os crimes, mas não que estivesse tão embriagado a ponto de não saber o que estava fazendo. O álcool o ajudava a “atravessar a fronteira”. Ted também usava maconha com o mesmo intuito.
Keppell faz uma análise interessantíssima da personalidade de Bundy. Segundo ele, eram “quatro diferentes pessoas” em ação – mas ele esclarece: nada a ver com múltiplas personalidades que se alternam, e sim, aspectos diferentes coabitando em uma única mente, simultaneamente. Uma, grandiosa, orgulhosa, que queria negociar sua vida com advogados e governadores. A segunda, numa extremidade oposta, um rapaz bastante derrotado, desprezível. A terceira, alguém terrificado e confuso com o que fez. Por fim, um psicopata, capaz de tornar-se “invisível” quando necessário, mantendo o controle de tudo à sua volta – detetives, guardas, advogados, todo o mundo. “Ele sabia onde ele estava a cada momento. Ele sabia quem ele era.”
Ao detetive Bill Hagmaier, Ted Bundy deu uma de suas mais famosas declarações: “Assassinato não é simplesmente um crime de luxúria ou violência. Torna-se possessão. Elas são parte de você… Você sente o último restinho de ar deixando seus corpos… Você está olhando nos olhos delas… Uma pessoa nesta situação é Deus.”.
A última entrevista de Ted Bundy, um dia antes de ser executado, foi cedida ao psicólogo James Dobson. Foi filmada e trechos são facilmente encontráveis na internet2.Na entrevista final Ted falou sobre o início de seus crimes, mais uma vez. “Por um par de anos, eu fiquei lutando com inibições muito fortes minhas contra comportamentos criminosos e violentos.”
“Não há maneira de descrever a urgência brutal de fazer aquilo, e uma vez que era satisfeita, e o nível de energia declinava, eu me tornava eu mesmo de novo. Basicamente, eu era uma pessoa normal…”
Nesta entrevista, ele põe parte da culpa dos seus atos sobre o consumo de pornografia “pesada”. “Eu não estou culpando a pornografia. A questão é como esse tipo de literatura contribui e ajuda a moldar e dar forma a tipos de comportamento violento. Uma vez que você fica viciado nisso – e eu vejo isso como um tipo de dependência -, você procura por coisas mais potentes, mais explícitas, mais tipos de material gráfico.”
Uma pequena frase dita nesta entrevista foi freqüentemente distorcida, posteriormente: “Nós somos seus filhos e maridos”. Ele referia-se ao público que consome e é influenciado pela pornografia e violência que estão na mídia, e dizia que estas pessoas não eram monstros antes disto, deste consumo, mas podem virar. A frase tem sido divulgada como “Nós, serial killers, somos seus filhos e seus maridos…”, como se fosse uma ameaça do tipo “eu morrerei, mas eles continuarão”. Na verdade, nesta ocasião Ted aconselha à sociedade que pense nesta questão. “A sociedade deve se proteger dela mesma.” , ele afirma, lucidamente.
Bundy tinha consciência de que suas palavras poderiam ser vistas apenas como uma tentativa de benefício próprio, mas completou: “através da ajuda de Deus, eu pude chegar, muito tarde, ao ponto onde eu posso sentir a dor e o sofrimento pelos quais eu sou responsável. Sim. Totalmente! (…) É difícil falar sobre o que aconteceu, porque isto revive todos aqueles terríveis sentimentos. Eu sinto a dor e o horror daquilo. (…) Eu não espero que me perdoem. Eu não estou pedindo por isto.” Muitos acreditam que estas declarações são falsas. Primeiramente, porque ao emiti-las sua face não demonstrava sofrimento algum. Além disto, alega-se que, se houvesse mesmo este profundo arrependimento, ele teria colaborado mais adequadamente com a resolução definitiva da questão de quantas e quais foram suas vítimas.
Curiosidades
- O autor Thomas Harris, com o auxílio de um passe de imprensa, esteve na corte durante um dia do julgamento em 1979. Neste dia foi debatida a marca de mordidas de Bundy em uma de suas últimas vítimas e assim Harris se inspirou na criação da personagem Francis Dolarhyde no seu livro “Dragão Vermelho”, além disto o assassino “Buffalo Bill” de seu livro “O Silêncio dos inocentes” é parcialmente inspirado em Bundy;
- No filme PSICOPATA AMERICANO, Christian Bale, que interpreta o assasino Patrick Bateman faz referência a Ted Bundy perguntando a uma amiga se ela sabia que Bundy tinha uma cachorra chamada Lassie;
- Diversas bandas de Rock e Metal possuem músicas inspiradas em Ted Bundy entre elas Jane’s Addiction (utilizando inclusive trechos da voz de Bundy), Aborted, Church of Misery (que tem uma capa de disco inspirada em Bundy) eCombichrist; (nota da editora: boas bandas, recomendo!)
- O vocalista da banda Korn, Jonathan Davis, comprou o fusca original onde Ted Bundy cometeu a maioria de seus crimes como parte de sua coleção de itens relacionados a serial killers;
- Em um episódio do desenho South Park que foi ao ar em 25 de outubro de 2006, Ted Bundy é descrito e satirizado como um dos três patetas. Os outros dois são os assassinos John Wayne Gacy e Jeffrey Dahmer;
- Outras três “biografias” de Ted Bundy foram produzidas para a televisão estadunidense nos anos de 1986, 2003 e 2004 onde os atores que interpretaram Bundy foram respectivamente Mark Harmon (do seriado NCIS), Billy Campbell (DRACULA) e Cary Elwes (JOGOS MORTAIS).
Frases de Ted Bundy
“Nós serial killers, somos seus filhos, nós somos seus maridos, nós estamos em toda a parte. E haverá mais de suas crianças mortas no dia de amanhã. Você sentirá o último suspiro deixando seus corpos. Você estará olhando dentro de seus olhos.” Ted Bundy 


“Eu quero dominar a vida e a morte.” Ted Bundy 
Imagens

Fotos de infância de Ted Bundy
Ted, sua avó e sua irmã
Ted Bundy aos 17 anos de idade
Ted e sua primeira namorada Stephanie Brooks
Ted e sua namorada, Meg Anders
Vitímas de Ted Bundy
Linda Healy
Colchão de Linda manchado de sangue
Donna Manson
Janice Ott
Denise Naslund
Melisa Smith
Caryn Campbell
O corpo de Caryn Campbell
Resto de uma das vitímas encontrada, na montanha Tyler
Material apreendido no carro de Ted Bundy
Identificação fotográfica de Ted Bundy, em sua primeira prisão
Identificação fotográfica de Ted Bundy em 1975
Carol DaRonch, dando seu depoimento no tribunal
 
Depois de recapturado, Ted Bundy foi obrigado a usar grilhões nas pernas
 
Fachada da fraternidade Chi-Ômega
Lisa Levy e Margareth Bowman
Fotos periciais do corpo de Margareth Bowman
Fotos periciais do corpo de Lisa Levy. Ted arrancou o mamilo de Lisa a dentadas
Uma das camas onde se deu o crime
Kimberly Leach
Close nos dentes de Ted Bundy
Foto da arcada dentária de Ted Bundy
Comparação na mordida de Ted com a marca encontrada na nádega de uma de suas vitímas
As nádegas de Lisa
Bundy um pouco antes da execução
Corpo de Ted Bundy, no necrotério
O corpo sem vida de Ted Bundy
Mascarado acompanha a execuçãodo lado de fora com uma camisa escrito "Queime Bundy"
Bundy o artista
Além de boa aparencia fisisca e sua notável inteligência, Ted bundy também tinha habilidade na hora de fazer desenhos:

Filmes sobre Ted Bundy
Documentário sobre Ted bundy




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lindomar Castilho



No dia 30 de março de 1981, o cantor Lindomar Castilho matou com um tiro sua ex-mulher, a cantora Eliane Aparecida de Grammont. Segundo Castilho, Eliane tinha um caso com um primo do cantor, que também saiu ferido do episódio.
Nascido em Rio Verde (GO), Lindomar Castilho tornou-se famoso nos anos 1970 ao cantar boleros e samba-canções como ?Você é Doida Demais?, música-tema do seriado da Globo ?Os Normais?. No começo da década de 1980, o cantor estava no auge da fama.
O casamento de Castilho com Eliane durou cerca de dois anos. Eles tiveram uma filha, Liliane, e se separaram em junho de 1980. Agressivo e ciumento, Castilho bebia muito e espancava sua mulher, segundo afirma a procuradora Luiza Nagib Eluf no livro ?A Paixão no Banco dos Réus? (Ed. Saraiva).
?Eliane teve de abandonar sua profissão de cantora, que somente retomou depois da separação do casal?, diz a procuradora, no livro. ?Quando morreu, fazia seis meses que tinha voltado a cantar e apenas vinte dias que o desquite havia sido formalizado.?
Na noite de 30 de março de 1981, Castilho foi ao bar Belle Époque, na Alameda Santos, em São Paulo, onde Eliane fazia uma apresentação, acompanhada do violonista Carlos Roberto da Silva, o Carlos Randal, primo de Castilho.
"Levantei os olhos, deparei com Lindomar que apontava a arma na direção de Eliane, segurando com as duas mãos?, disse Randal à época, ao jornal ?Folha de S. Paulo?. ?Ele estava quase a dois metros dela quando disparou.?
Castilho atirou cinco vezes. Eliane foi atingida no peito. Randal também foi baleado no abdome, mas não percebeu na hora. ?Levantei do banco e atirei o violão no rosto do assassino, saltando em seguida sobre ele, sendo ajudado pelo proprietário do café, que desarmou Lindomar?, contou Randal. ?Somente mais tarde, quando corria em direção à rua Pamplona para pedir socorro, percebi que também estava feri¬do, com uma bala na barriga.?
O violonista acompanhou Eliane até o Pronto-Socorro Brigadeiro, mas ela morreu no caminho. Castilho tentou fugir, porém foi dominado e quase linchado. Quando a polícia chegou, ele estava caído na calçada, com pés e mãos amarradas.
O cantor foi preso em flagrante. No dia 24 de abril, recebeu liberdade provisória por ser réu primário e não representar perigo para a sociedade.
Em maio, Castilho foi interrogado. Em meio a manifestações do lado de fora do Fórum, ele afirmou ter certeza de que Eliane tinha um caso com seu primo. Na ocasião, o advogado de defesa, Valdir Trancoso, fez questão que seu cliente saísse pela porta da frente. O cantor partiu cercado por 17 policiais.
Inicialmente, Castilho foi acusado de homicídio qualificado por motivo fútil e por não dar chance de defesa à vítima, O tiro que acertou seu primo lhe rendeu mais uma, por tentativa de homicídio. A defesa recorreu e o ?motivo fútil? foi retirado da acusação. O relator entendeu que "o ciúme, fonte de paixão, não pode ser considerado motivo fútil".
A família de Eliane contratou o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos como advogado. Em entrevista à ?Folha de S. Paulo?, em 1984, Thomaz Bastos disse que o assassinato era classificado como ?o falso crime passional?. ?Lindomar se dizia apaixonado e traído pela mulher, mas eles já estavam separados havia um ano. Foi um crime premeditado. Quando Lindomar entrou naquele bar, ele entrou para fuzilar Eliane."
Três anos após o crime, o julgamento de Castilho mobilizou grande número de manifestantes e organizações feministas que gritavam frases como "bolero de ma¬chão só se canta na prisão". Além daqueles que pediam a punição do cantor, havia também um grupo autodenominado ?os machistas?, que ofendia e jogava ovos nas mulheres que protestavam, segundo o livro da procuradora. A polícia teve de intervir para impedir um confronto físico.
O público no tribunal aplaudiu de pé os discursos feitos pelo promotor Antônio Visconti e por Thomaz Bastos. Cada um falou por uma hora. A defesa, por sua vez, argumentou que havia sido um homicídio cometido sob força da emoção, tentando atenuar a pena, mas a tese não foi aceita.
A defesa disse ainda que não houve tentativa de homicídio de Randal, já que ele teria sido atingido por acidente, dada a imperícia do cantor no manuseio da arma. O argumento convenceu e o crime passou a ser de lesão corporal culposa de natureza leve.
Por 4 votos a 3, o júri decidiu que houve homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima e, no caso de Randal, lesão corporal culposa. No dia 25 de agosto de 1984, Castilho foi sentenciado a 12 anos e dois meses de prisão.
Até então em liberdade, o cantor apresentou-se para ser preso e, após um período detido em São Paulo, foi transferido para Goiânia. Dois anos depois, conseguiu o direito de cumprir a pena em regime semiaberto e, em 1988, saiu da prisão, em liberdade condicional.
Mais de 20 anos depois, Castilho diz não saber como explicar o crime. ?Não há registro do que aconteceu em minha cabeça. Eu a amava com certeza total?, afirmou o cantor à revista ?Gente?, em 2002. ?Qualquer pessoa sob forte emoção é capaz de fazer o mesmo. Me desliguei da realidade por causa de uma violenta emoção.? Porém, ele aponta Randal como o responsável pelo crime. ?Esse parente meu foi o causador de tudo, de desavenças, de problemas?.
Na prisão, o cantor chegou a gravar o disco ?Muralhas da Solidão?.

Imagens