Elizabeth "Betty" Short nasceu em Hyde Park, Massachusetts, e foi criada em Medford, sendo que abandonou a escola aos 16 anos de idade.
Seu pai, Cleo Short, havia abandonado a família em 1930, depois de perder o emprego durante o período da Grande Depressão.
Em 1942, Elizabeth foi para Miami Beach, Flórida, onde conseguiu um emprego como garçonete.
Lá ela conheceu o piloto da força aérea, o Major Matt Gordon Jr., e no início de 1945, se envolveu com ele.
Quando Gordon foi morto na Índia, em abril de 1945, ela voltou para Medford, ficando por um ano, e em seguida se mudando para Hollywood, Califórnia, onde ela dividiu o quarto com sete outras garotas.
Lá, ela trabalhou com o pessoas envolvidas com produções de Hollywood, tentando se tornar uma atriz, e acabou tendo um caso e sendo amante de muitos homens que tiveram passagem por Hollywood.
Seu pai, Cleo Short, havia abandonado a família em 1930, depois de perder o emprego durante o período da Grande Depressão.
Em 1942, Elizabeth foi para Miami Beach, Flórida, onde conseguiu um emprego como garçonete.
Lá ela conheceu o piloto da força aérea, o Major Matt Gordon Jr., e no início de 1945, se envolveu com ele.
Quando Gordon foi morto na Índia, em abril de 1945, ela voltou para Medford, ficando por um ano, e em seguida se mudando para Hollywood, Califórnia, onde ela dividiu o quarto com sete outras garotas.
Lá, ela trabalhou com o pessoas envolvidas com produções de Hollywood, tentando se tornar uma atriz, e acabou tendo um caso e sendo amante de muitos homens que tiveram passagem por Hollywood.
Era manhã, por volta das 10:30h, quando uma mulher que caminhava com sua pequena filha encontrou o corpo jogado na grama próximo a calçada, no cruzamento da 39th Street e Norton Avenue em Leimart Park, Los Angeles. Atônita e mal podendo falar dirigiu-se a algum local nas vizinhanças e ligou para a polícia.
O repórter do Los Angeles Examiner, Will Fowler, que escaneava as frequências da polícia em busca de furos jornalísticos, e seu fotógrafo, Felix Paegel, foram os primeiros a chegar à cena do crime. Esperavam encontrar um homem bêbado caído ao lado da calçada, mas o que encontraram foi o corpo de uma bela jovem seccionado ao meio na altura do tórax, com algumas outras mutilações.
Como chegaram antes dos policiais, ficaram livres do tradicional isolamento da área do crime e puderam tirar cuidadosamente suas fotos que chocariam o Mundo inteiro.
Em alguns minutos chegaram os primeiros policiais fardados da LAPD’s University Division e, em seguida, os investigadores Harry Hansen e Finis Brown, designados para o caso.
A disposição do corpo revelava certo cuidado por parte do assassino. Ele não jogou apenas os restos mortais no terreno, mas os dispôs na posição correta, tronco e braços acima e pélvis e pernas abaixo, guardando o cuidado de manter um desalinhamento e separação entre uma e outra parte, para que se percebesse, logo à primeira vista, que estavam separados. Os braços foram colocados acima da cabeça como indicando uma pose artística. A boca da vítima fora rasgada quase que de orelha a orelha, lembrando um macabro sorriso.
Não havia sangue espalhado, como seria de se esperar de um corpo tão severamente mutilado; também não havia qualquer fragmento de osso que indicasse uma ação com instrumentos grosseiros e inadequados.
Os detetives encontraram próximo ao corpo alguns sacos de cimento (vazios) com traços de sangue, possivelmente utilizados para carregar o corpo de um carro até o local onde foi depositado no chão. Também encontraram pegadas de sapato impressas com sangue, certamente do assassino.
Como nenhuma identificação fora encontrada perto da vítima, ela recebeu a denominação de “Jane Doe Number 1” e o corpo foi removido para autópsia.
No dia seguinte o chefe legista do município de Los Angeles, Dr. Frederic Newbarr, divulgou seu laudo que dava como causa mortis“hemorragia e trauma devido a contusão cerebral e lacerações na face”, resultante de múltiplos golpes com instrumento contundente. A incisão no corpo fora realizada pelo abdômen e, então, através do disco intervertebral entre a segunda e a terceira vértebras lombares, num procedimento chamado hemicorporectomia. Certamente um trabalho de um profissional da medicina treinado em cirurgia. Dr. Newbarr estimou a hora da morte em cerca de 24 horas antes do corpo ser encontrado, portanto por volta das 10:30 h do dia 14 de janeiro de 1947. O assassinato ocorreu em outro lugar, onde se deu o procedimento cirúrgico, e após o corpo foi transportado para o local onde foi encontrado.
Neste momento ainda não se conhecia a identidade da vítima. Como havia uma grande ânsia de se resolver o caso, a Polícia de Los Angeles permitiu mais uma vez que a imprensa tomasse à dianteira nos procedimentos; assim, o editor do jornal Los Angeles Examiner propôs aos detetives utilizar o moderno equipamento de foto fac-simile do jornal para transmitir o cartão com as digitais da vítima para o escritório de Washington, de onde agentes do FBI poderiam rapidamente levá-lo para a Seção de Identificação. Este procedimento permitiu que a polícia chegasse rapidamente a identidade da vítima, mas deu mais material para que jornal explorasse o caso. A jovem assassinada era Elizabeth Ann Short, de 22 anos.
O CASO DÁLIA NEGRA
O caso do assassinato da Dália Negra tomou vulto e notoriedade jamais superados no século XX. É verdade que as circunstâncias e componentes do caso são traumáticos: assassinato de uma jovem tão bonita, a crueldade aplicada tanto na morte quanto na mutilação posterior do corpo, a falta de pistas do criminoso, etc. Contudo, podemos apontar como um dos fatores determinantes para a notoriedade do caso, o grande envolvimento da imprensa.
De fato, a rápida chegada da imprensa ao local, com possibilidades de fotografar o cadáver antes que a polícia fizesse seu isolamento e a fácil aceitação do LAPD (Departamento de Polícia de Los Angeles) da contribuição da imprensa no caso, manipulando evidências (e noticiando-as também), permitiu a divulgação do caso numa escala jamais vista. Exemplo disso é o fato de que a tiragem do jornal Los Angeles Examiner no dia 16 de janeiro foi a maior deste jornal, somente superada pela edição especial do dia da Vitória.
Outra contribuição da imprensa para o caso que definitivamente o tornou uma notoriedade foi o nome dado à vítima, Dália Negra. Elizabeth Short em vida nunca teve um nome artístico, porém o nome que a imprensa lhe deu jamais será esquecido. Este nome provavelmente foi inspirado num romance de Raymond Chandler, The Blue Dahlia, que retratava uma estória de assassinato e mistério; e fora filmado em Los Angeles no verão de 1946.
A “contribuição” da imprensa aparentemente prejudicou muito o curso da investigação, haja visto que logo após ser noticiado várias pessoas se entregaram à polícia de Los Angeles alegando serem os verdadeiros assassinos da Dália Negra, confundindo o curso da investigação e gastando muitas horas-homem de cansativas investigações. Levando-se em conta que mais de 50 pessoas assumiram a autoria do crime, o trabalho dos investigadores quase se inverteu, deixando de procurar provas que incriminassem determinado suspeito para procurar provas que inocentassem o suposto assassino réu confesso!
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