O homem que deixou toda polícia americana de mãos atadas por anos, que matou de forma violenta, torturou, amarrou, e fez ameaças por meios de comunicação, como jornais, por mais de 20 anos.
Ganhou o apelido de BTK depois de começar a assinar cartas com essa sigla que significa: Bind, Torture, Kill (amarrar, torturar, matar)., cartas essas que foram enviadas para jornais, ou encontradas nas cenas dos seus crimes. Várias cartas foram publicadas. Isso causou pânico em todo EUA não só na cidade de Winchita.
Dennis Rader, homem de família, que tinha 02 filhos e era casado, trabalhou por anos em uma empresa de segurança,
onde aprendeu a desarmar alarmes ou outros sistemas das casas que invadia.
Rader lia inúmeras revistas pornográficas, quando criança maltratava animais, espancando-os ou enforcando-os em árvores,
o que é um dos sinais detectados pela psiquiatria na maioria dos casos de serial killers,
Rader também serviu a força aérea americana. Apesar de tudo isso ele manteve sua vida social por todo o período em que cometeu seus crimes,
se tornando Presidente de grupo religioso e chefe de grupo de escuteiros.
Assassinatos
Em 1974 Rader cometeu seu primeiro crime, assassinando uma amiga de trabalho, seu marido e 2 filhos. O crime ficou conhecido como “Otero Family Crime”.
Ele roubou um relógio e um rádio da casa, e foi encontrado seu sêmen no local,
o que indicava que ele sentia prazer ao matar.
Ele amarrou suas vítimas, torturando-as e matando-as.
Começava ai à matança de BTK, em Outubro de 1974 ele já havia cometido outros crimes,e então deixou uma carta em uma biblioteca pública,
onde assumia o assassinato da família Otero.
A carta foi publicada em um jornal no dia seguinte.
A caligrafia horrível e a escrita cheia de erros fizeram com que a polícia tivesse ideia de que estavam lidando com alguém muito,
muito perigoso e problemático, ele escreveu uma frase que chamou muita atenção dos oficiais
“Eu não consigo me controlar, vocês provavelmente me chamarão de psicopata, estuprador, mas isso é mais forte que eu, há um monstro dentro de mim”.
A semelhança entre os crimes era grande, corpos amarrados, torturados, falta de objetos, fio de telefone e até energia cortada na casa, porta arrombada com facilidade, cartas escritas à mão com ameaças e que demonstravam uma sede de atenção enorme.
Ele queria ser conhecido por todos, queria mostrar o que tinha feito, queria deixá-los com medo.
Em 1977 Rader invadiu a casa de Shirley Vian, ela estava com o filho pequeno, ele o prendeu no banheiro, amarrou sua mãe na cama e a matou.
O garoto escutou tudo.
Rader necessitava de ganhar a atenção da mídia novamente,
ele mesmo ligou para a polícia dizendo que tinha matado Shirley,
e que era o BTK falando.
Logo depois enviou uma carta ao jornal assumindo a autoria de outros crimes que até então estavam sem solução, também fez apologia a assassinos notórios como TED BUNDY e DAVID BERKOWITZ, o Filho de Sam.
O tempo se passou, Rader era um bom pai e um bom profissional, seu jogo de gato e rato com a polícia ficou mais devagar, então ele sentiu a necessidade de atacar novamente.
Em 1979 ele entrou na casa de uma senhora, mas ela demorou demais para voltar e ele foi embora deixando uma carta dizendo que o BTK esteve em sua casa,
a polícia em uma tentativa desesperada colocou na televisão a gravação onde BTK falava de seu próprio crime contra Shirley Vian, na esperança de que alguém reconhecesse sua voz. Não conseguiram nada além de várias denúncias falsas.
Rader ficou alguns anos sem agir, foi então que em 1985 matou seu próprio vizinho,
que foi encontrado próximo a uma rodovia, e em 1991 matou Dolores Davis, na casa dela.
Não se sabe o porque de Rader ter parado de matar a partir desta data, ele começou a trabalhar como “Homem da Carrocinha” e usava armas com tranqüilizantes para pegar os cachorros das ruas, inclusive se envolveu em alguns problemas com donos de alguns cachorros que sumiram de certas residências.
Estaria ele saciando seu desejo de matar com os animais? Quando criança ele fazia isso e pode ser que isso o manteve saciado por um bom tempo.
Em 2004, muitos anos após seu último crime, BTK ressurge com várias cartas enviadas para a polícia e para os jornais.
Fotos, carteiras de habilitação, objetos pessoais de vítimas, quebra-cabeças, desenhos, vários objetos foram enviados através de cartas,
ele estava de volta. Mas Rader errou ao enviar um disquete contendo fotos de crimes.
A polícia rastreou o disquete, descobrindo o nome de Denis Rader, e o local onde foi gravado o disquete, uma Igreja.
A partir daí a polícia conseguiu o DNA da filha de Rader,
e confirmou com o sêmen encontrado nos crimes, eles finalmente tinham prendido o BTK.
Linha do tempo BTK
· 15/01/1974: Joseph Otero- 38 anos, Julie Otero – 34 anos, mulher de Joseph, Joseph Otero II – 9 anos, filho e Josephine Otero – 11 anos, filha:Foram estrangulados em sua própria casa. Julie foi espancada, que era sua amiga de faculdade foi ameaçada e amarrada antes de morrer. Josephine foi estrangulada, e com o corpo parcialmente vestido, foi encontrada com uma corda no pescoço e pendurada no encanamento do porão. Joseph também foi enforcado e asfixiado com três sacos na cabeça. Os outros três filhos do casal não sofreram lesões, pois se encontravam na escola na hora do crime. Ele roubou um relógio e um rádio da casa, e foi encontrado seu sêmem no local,o que indicava que ele sentia prazer ao matar.
· 4/04/1974: Kathryn Bright, 21 anos:Esfaqueada até a morte em casa, amarrada e parcialmente vestida, com vestígios de sufocamento. Seu irmão levou um tiro, mas sobreviveu.
· ?/10/1974:uma carta é enviada para o Jornal Wichota Eagle-Beacon, reclamando sobre a autoria do assassinato da família Otero. Em um trecho da carta ele dizia assim: “Eu não consigo me controlar, vocês provavelmente me chamarão de psicopata, estuprador, mas isso é mais forte que eu, há um monstro dentro de mim”.
· 17/03/1977: Shirley Vian – 26 anos: Encontrada amarrada e enforcada em sua cama, com um plástico sobre a cabeça. Ele amarrara uma corda em volta de seu pescoço, mãos e pés. Vivian tinha três filhos, mas os mesmos não sofreram nenhuma lesão, pois foram trancados no banheiro. Numa carta que BTK enviou a policia, ele contou que o filho mais novo (5 anos) de Vivem foi quem tinha o deixado entrar, e enquanto matava a moça, foi interrompido por um telefonema.
· 8/12/1977: Nancy Fox: Foi amarrada e estrangulada com meias de nylon em sua casa. A fiação do telefone havia sido cortada e ela estava parcialmente vestida. A voz de BTK fora gravada quando ele ligou a policia pra informar mais um homicídio de sua autoria.
· 10/02/1978: Ele mandara uma carta a estação de televisão do Kansas, mais uma vez reclamando a autoria dos assassinatos de Nancy Fox e Shirley Vian. Nesta carta continha um poema com o titulo “OH! Death To Nancy” (Oh! Morte para Nancy)
· 14/06/1979: Anna WIlliam recebeu uma carta com um poema de nome “Oh Anna! Why didn’t you appear?” (Oh Anna! Porque você não apareceu?), e isso indicava que ele havia entrado em duas casa com a intenção de matá-la, mas desistiu quando ela não apareceu.
· 27/04/1985: Marine Hedge – 53 anos: Foi sequestrada de sua casa, em Park City, no Kansas. Tendo seu corpo encontrado oito dias depois, estrangulado. Uma meia calça foi encontrada perto de Marine, e ela morava na mesma rua que Rader. Só em 2005 este caso foi relacionado aos crimes de BTK.
· 16/09/1986: Vicki Wegerle – 28 anos:Encontrada estrangulada em sua casa.
· 19/01/1991: Dolores Davis:Foi sequestrada de sua casa, por Park City, Kansas. Foi encontrada estrangulada 13 dias depois embaixo de uma ponte. Ela tinha seus braços, mãos e pés amarrados por uma meia calça. Esse crime só foi relacionado com o BTK em 2005.
· 19/02/2004:O jornal The Wichita Eagle recebeu uma carta reclamando a responsabilidade pelo assassinato de Wegerle, em Setembro de 1986. Dentro do envelope havia fotografias do local do crime e uma cópia da carteira de motorista da vítima. Foi a primeira comunicação do BTK desde 1979.
· 15/12/2004: Foi encontrado um pacote em um parque, por um transeunte, contendo a carteira de motorista de uma vítima ainda não conhecida. O pacote foi enviado ao FBI.
-16/02/2005:A rede de tv KSAS recebeu um pacote contendo uma carta, uma jóia e outro objeto.Tudo foi enviado aos laboratórios do FBI.
· 25/01/2005: A rede de TV KAKE recebeu um cartão postal que os levou a uma caixa de cereais com as letras BTK escritas sobre ela. O endereço do remetente no cartão postal era de uma das vítimas do BTK.
-26/02/2005:O chefe de policia de Wichita, Norman Williams, anuncia a prisão de Denis Rader. Ele é acusado de oito homicídios em 1º grau e outros dois homicídios relacionados ao BTK
Sentença
Dennis Rader pegou 10 sentenças perpétuas, na época de seus crimes o estado de Kansas 'ainda' não tinha a pena de morte.
Os parentes de suas vítimas foram todos ao julgamento dele,incluindo o filho de Shirley Vian que escutou e viu sua mãe morta por ele.Eles lamentaram não ver a pena de morte.
A esposa de Rader conseguiu o divórcio com ele logo depois da prisão do mesmo.
Seus vizinhos custaram a acreditar que ele era o BTK.
Existem controvérsias quanto ao número de vítimas de BTK,muitos casos antigos e sem solução tiveram ligações com a maneira que ele matava suas vítimas.Mas nada disso foi confirmado.
Segundo o Dr. Stone, criador do índice de maldade, Dennis Rader tem todos os quesitos para ser qualificado como ranking 22. O ranking máximo.Como torturador e assassino que sente prazer em torturar.
Curiosidades
Curiosidade e horror ligam novos proprietários ao serial killer BTK
Há seis delas ainda, casas de diferentes tamanhos, diferentes estilos, diferentes bairros, mas unidas pelo mesmo passado tenebroso e conhecidas pelo mesmo nome.
Casas BTK.
Greg Lietz, 47, que trabalha em uma loja de roupas, comprou sua pequena casa estilo campestre na rua Edgemoor, em 1999, mas disse que só foi saber da história do lugar um ano depois, no Halloween.
"Decorei a casa e comprei doces, mas ninguém bateu na minha porta", disse Lietz. "Perguntei a uma pessoa. Eles disseram que alguém tinha assassinado uma família lá em casa. Quatro pessoas."
O assassino em série assinava BTK em suas cartas aos repórteres --das iniciais em inglês de amarrar, torturar e matar. Ele matou 10 pessoas em Wichita e ficou foragido por três décadas.
Na última segunda-feira (27/06), Dennis Rader, 60, confessou-se culpado dos 10 assassinatos e fez um longo e detalhado relato de cada assassinato no tribunal, tão gráfico e assustador que os noticiários passaram tarde da noite, com uma advertência aos pais.
Mas para quem escolhe comprar --ou como Lietz, descobre que já comprou-- uma das casas onde houve um assassinato, a confissão de Rader literalmente atinge seus lares. No mesmo tom monótono e pela primeira vez publicamente, ele descreveu estrangulamentos, masturbação e até as últimas palavras da vítima nos mesmos aposentos em que essas pessoas atualmente cozinham, descansam, trabalham e dormem.
Connie Pouyamehr, 52, caixa em uma mercearia, viu a reapresentação do noticiário na segunda-feira, em sua casa. A mesma que Rader arrombou no dia 27 de abril de 1985 --seis casas depois da sua, na rua Independence-- com uma sacola de boliche com o que ele chamava de "kit" --e esperou a vítima que vinha espreitando, Marine Hedge.
"Ela entrou com um visitante", contou Rader na corte. Ele disse que se escondeu no banheiro até o homem sair e depois atacou Hedge em seu quarto de dormir. "Ela gritou", disse ele. "Eu pulei na cama e a estrangulei manualmente." Seu corpo foi encontrado na semana seguinte, em uma vala na estrada.
Quando questionada, no dia seguinte, o que achou da confissão, Pouyamehr explodiu: "O que você pensa? Fiquei horrorizada com a coisa toda, não só com o que aconteceu na minha casa."
Pouyamehr comprou a casa --com três quartos e cerca de cedro- seis anos após o assassinato. Ela achava que Hedge tinha sido seqüestrada ali, mas não sabia que também tinha sido morta na casa.
Como Hedge, ela via Rader e sua esposa, Paula, regularmente carregando os tomates do jardim para casa. Agora, a rua está cheia de repórteres, aficionados e curiosos.
"Tem pessoas que, depois da igreja, gostam de parar e mostrar às crianças onde BTK morava", disse ela. "Depois da missa."
Ronald Hudson, 48, que trabalha na construção civil, mudou-se para um duplex branco na rua Pershing há três meses. Ele não se abalou quando o senhorio contou-lhe que Nancy Fox tinha sido assassinada ali, em 1977.
"É uma boa área, tranqüila, e o preço está certo", disse Hudson. Antes de Hudson, dois moradores saíram assim que souberam da história, disse o senhorio. Mesmo assim, ele acompanhou de perto na segunda-feira, quando Rader descreveu como se escondeu na cozinha, permitindo que Fox fumasse um último cigarro antes de estrangulá-la. Hudson foi olhar: "Levantei-me, fui para a cozinha e disse: 'Como ele entrou na casa dessa mulher, esperou na cozinha, e ela não ouviu nada?'"
Seu vizinho, William Stofer, 23, que também trabalha na construção civil, disse que acreditava que o espírito de Fox rondava os dois apartamentos, pois ouve barulhos inexplicáveis na cozinha quase toda noite.
Certa vez, disse Stofer, ele e sua namorada encontraram a churrasqueira elétrica ligada sem que ninguém tivesse tocado nela. Eles chamaram a polícia, que nada encontrou. "Ouvi dizer que ela foi estrangulada na cozinha", disse ele. "Eu fico um pouco assustado."
Diane Boyle, 54, enfermeira aposentada, disse que ficou furiosa quando descobriu, meses depois de comprar um bangalô construído nos anos 40, na rua South Hydraulic no inverno de 2002, que BTK tinha assassinado Shirley Vian Relford ali em 1977.
Boyle, certo dia, disse a uma vizinha: "Sei que o caso BTK foi por aqui", pensando que era na rua acima. "O corretor não me contou", disse ela. "Perguntei à vizinha e ela disse: 'Bem, Diane, é a sua casa.'"
Para as imobiliárias, esse tipo de casa é conhecido como "propriedade estigmatizada". No entanto, nenhuma lei obriga os agentes a revelarem nada além das informações materiais, sobre uma infiltração ou rachadura, disse Frank Stucky, presidente da Associação de Agentes Imobiliários da Área de Wichita.
"Não sei de nenhuma regra a não ser o bom senso", disse Stucky. "Certamente, na minha cabeça um caso BTK cairia na categoria de algo que o comprador gostaria de saber."
Boyle disse que, se soubesse, provavelmente teria comprado a casa de qualquer jeito, mas "não teria pagado tanto". Ela disse que o filho da morta --que era um menino em 1977, quando sem saber deixou Rader entrar na casa-- tinha visitado a casa duas vezes quando esteve na cidade para as aparições de Rader na corte.
Todos os moradores entrevistados disseram que um médium britânico, Dennis McKenzie, visitou suas casas no ano passado, antes da prisão de Rader, para tentar ajudar a resolver o caso extraindo imagens das paredes.
A maior parte se acostumou com os pedidos dos estranhos. Uma das casas BTK, onde Kathryn Bright foi esfaqueada, na rua East 13th, foi destruída; sobraram seis.
Na Independence, Pouyamehr há muito se cansou da manutenção da casa e quer se mudar. "Quero uma casa nova, sabe?" disse ela. "Acho que toda mulher quer uma casa nova, uma vez na vida."
Ela quer sair de Independence também. "Antes era um bairro bom e tranqüilo", disse ela. Um cartaz no jardim de Rader na mesma rua anuncia que a casa de três quartos do assassino será vendida em um leilão no dia 11 de julho. Sua família mudou-se, e os retratos do interior vazio estão disponíveis no site da Web da imobiliária. Como uma casa qualquer."
Casas BTK.
Greg Lietz, 47, que trabalha em uma loja de roupas, comprou sua pequena casa estilo campestre na rua Edgemoor, em 1999, mas disse que só foi saber da história do lugar um ano depois, no Halloween.
"Decorei a casa e comprei doces, mas ninguém bateu na minha porta", disse Lietz. "Perguntei a uma pessoa. Eles disseram que alguém tinha assassinado uma família lá em casa. Quatro pessoas."
O assassino em série assinava BTK em suas cartas aos repórteres --das iniciais em inglês de amarrar, torturar e matar. Ele matou 10 pessoas em Wichita e ficou foragido por três décadas.
Na última segunda-feira (27/06), Dennis Rader, 60, confessou-se culpado dos 10 assassinatos e fez um longo e detalhado relato de cada assassinato no tribunal, tão gráfico e assustador que os noticiários passaram tarde da noite, com uma advertência aos pais.
Mas para quem escolhe comprar --ou como Lietz, descobre que já comprou-- uma das casas onde houve um assassinato, a confissão de Rader literalmente atinge seus lares. No mesmo tom monótono e pela primeira vez publicamente, ele descreveu estrangulamentos, masturbação e até as últimas palavras da vítima nos mesmos aposentos em que essas pessoas atualmente cozinham, descansam, trabalham e dormem.
Connie Pouyamehr, 52, caixa em uma mercearia, viu a reapresentação do noticiário na segunda-feira, em sua casa. A mesma que Rader arrombou no dia 27 de abril de 1985 --seis casas depois da sua, na rua Independence-- com uma sacola de boliche com o que ele chamava de "kit" --e esperou a vítima que vinha espreitando, Marine Hedge.
"Ela entrou com um visitante", contou Rader na corte. Ele disse que se escondeu no banheiro até o homem sair e depois atacou Hedge em seu quarto de dormir. "Ela gritou", disse ele. "Eu pulei na cama e a estrangulei manualmente." Seu corpo foi encontrado na semana seguinte, em uma vala na estrada.
Quando questionada, no dia seguinte, o que achou da confissão, Pouyamehr explodiu: "O que você pensa? Fiquei horrorizada com a coisa toda, não só com o que aconteceu na minha casa."
Pouyamehr comprou a casa --com três quartos e cerca de cedro- seis anos após o assassinato. Ela achava que Hedge tinha sido seqüestrada ali, mas não sabia que também tinha sido morta na casa.
Como Hedge, ela via Rader e sua esposa, Paula, regularmente carregando os tomates do jardim para casa. Agora, a rua está cheia de repórteres, aficionados e curiosos.
"Tem pessoas que, depois da igreja, gostam de parar e mostrar às crianças onde BTK morava", disse ela. "Depois da missa."
Ronald Hudson, 48, que trabalha na construção civil, mudou-se para um duplex branco na rua Pershing há três meses. Ele não se abalou quando o senhorio contou-lhe que Nancy Fox tinha sido assassinada ali, em 1977.
"É uma boa área, tranqüila, e o preço está certo", disse Hudson. Antes de Hudson, dois moradores saíram assim que souberam da história, disse o senhorio. Mesmo assim, ele acompanhou de perto na segunda-feira, quando Rader descreveu como se escondeu na cozinha, permitindo que Fox fumasse um último cigarro antes de estrangulá-la. Hudson foi olhar: "Levantei-me, fui para a cozinha e disse: 'Como ele entrou na casa dessa mulher, esperou na cozinha, e ela não ouviu nada?'"
Seu vizinho, William Stofer, 23, que também trabalha na construção civil, disse que acreditava que o espírito de Fox rondava os dois apartamentos, pois ouve barulhos inexplicáveis na cozinha quase toda noite.
Certa vez, disse Stofer, ele e sua namorada encontraram a churrasqueira elétrica ligada sem que ninguém tivesse tocado nela. Eles chamaram a polícia, que nada encontrou. "Ouvi dizer que ela foi estrangulada na cozinha", disse ele. "Eu fico um pouco assustado."
Diane Boyle, 54, enfermeira aposentada, disse que ficou furiosa quando descobriu, meses depois de comprar um bangalô construído nos anos 40, na rua South Hydraulic no inverno de 2002, que BTK tinha assassinado Shirley Vian Relford ali em 1977.
Boyle, certo dia, disse a uma vizinha: "Sei que o caso BTK foi por aqui", pensando que era na rua acima. "O corretor não me contou", disse ela. "Perguntei à vizinha e ela disse: 'Bem, Diane, é a sua casa.'"
Para as imobiliárias, esse tipo de casa é conhecido como "propriedade estigmatizada". No entanto, nenhuma lei obriga os agentes a revelarem nada além das informações materiais, sobre uma infiltração ou rachadura, disse Frank Stucky, presidente da Associação de Agentes Imobiliários da Área de Wichita.
"Não sei de nenhuma regra a não ser o bom senso", disse Stucky. "Certamente, na minha cabeça um caso BTK cairia na categoria de algo que o comprador gostaria de saber."
Boyle disse que, se soubesse, provavelmente teria comprado a casa de qualquer jeito, mas "não teria pagado tanto". Ela disse que o filho da morta --que era um menino em 1977, quando sem saber deixou Rader entrar na casa-- tinha visitado a casa duas vezes quando esteve na cidade para as aparições de Rader na corte.
Todos os moradores entrevistados disseram que um médium britânico, Dennis McKenzie, visitou suas casas no ano passado, antes da prisão de Rader, para tentar ajudar a resolver o caso extraindo imagens das paredes.
A maior parte se acostumou com os pedidos dos estranhos. Uma das casas BTK, onde Kathryn Bright foi esfaqueada, na rua East 13th, foi destruída; sobraram seis.
Na Independence, Pouyamehr há muito se cansou da manutenção da casa e quer se mudar. "Quero uma casa nova, sabe?" disse ela. "Acho que toda mulher quer uma casa nova, uma vez na vida."
Ela quer sair de Independence também. "Antes era um bairro bom e tranqüilo", disse ela. Um cartaz no jardim de Rader na mesma rua anuncia que a casa de três quartos do assassino será vendida em um leilão no dia 11 de julho. Sua família mudou-se, e os retratos do interior vazio estão disponíveis no site da Web da imobiliária. Como uma casa qualquer."
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